domingo, 17 de dezembro de 2017

Privacidades



A todos aqueles que gostam de ir para a rua e “caçar” desconhecidos e desconhecidas nos seus afazeres e que argumentam que é “arte”, que é “fotografia de rua”, que é legítimo fazerem e divulgarem sem uma palavra aos “caçados”, deixo uma pequena tarefa:
Vão ver na net ou nas bibliotecas (se souberem o que isto!), públicas ou privadas, quantos fotógrafos de renome, daqueles que vos servem de inspiração, mostraram ou fotografaram parentes. Filhos, avós, esposas ou maridos, primas…
Constatam, com toda a certeza, que muito poucos o fizeram. E que a maioria dos que o fizeram guardaram a bom recato essas imagens.
Talvez que esses “grandes”, que vocês pretendem copiar, tenham uma séria noção do que é a privacidade (da imagem e da vida).
Se querem ser como eles, ou mais que eles, aprendam com eles tudo o que há a aprender, nas práticas e nas teorias.
E percebam que a posse de uma câmara e o “título” de fotógrafo não dá o direito de tudo desprezar.

E, já agora, leiam um belo romance, aproveitando que os dias frios e curtos convidam ao recolhimento: “O pintor de batalhas”, de Arturo Péres-Reverte. Ficarão mais ricos, p’la certa.

By me

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