terça-feira, 3 de outubro de 2017

Verduras



Foi um destes dias.
Apareceu por lá uma novata, uma no feudo dos uns, a cometer algumas gafes.
Percebi que não era desleixo ou incompetência, como com alguns outros que vão aparecendo, mas tão só o natural da sua tenra inexperiência.
Comecei por mandar recados por interposta pessoa, que aquela situação não era comigo (já não era comigo), mas percebi que de pouco teria servido. Ou que as bases faltavam ali em demasia. E perdi a vergonha.
Meti conversa, apresentámo-nos, puxei de galões e estivemos um pedaço de paleio, com umas dicas e soluções a questões concretas, com explicações e exemplos práticos.
A dado passo, entre justificações sérias entremeadas com outras de brincadeira, oiço algo como “Mas isso é uma justificação psicológica para a composição de imagem!”
Parei um nico e respondi: “Claro que é! Aquilo que fazemos, mesmo que banal e simples como neste estúdio, é levar o público a ter as reacções que queremos com as imagens que fazemos. E há que saber como o público lê o que lhes apresentamos para conseguirmos o que queremos. Fazer imagem, profissionalmente, é manipular opiniões e condicionar reacções.”
E continuámos com a gestão do “ar”, com o equilíbrio das importâncias e com o mandar ás urtigas a regra dos terços.

Gostei de ver o resultado prático pouco depois.

By me 

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