quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Presépio



Pondo de parte o Pai Natal (de vermelho ou de branco) e a novel imagem barroca de Jesus, também pendurada nas janelas, as figuras da época são estas:
José, Maria e Jesus, não forçosamente por esta ordem.
Encontram-se um pouco (pouco mesmo) por todo o lado, sendo que os lares crentes, por esta altura, têm um presépio montado, mais elaborado ou mais singelo.
Este é original. Construído artesanalmente por Simão Bolívar – não, não é piada, o brasileiro em causa é mesmo assim que se chama - é feito de pedaços de lata reciclados e arame. Tem a peculiaridade, como todos os artigos que ele fabrica, de ser móvel, melhor, de ter peças moveis com as quais nos delicia aquando da sua venda.
Admito que, quando o vi, me apaixonei por este presépio. Não apenas sua singeleza (até porque não sou crente) mas principalmente porque o elemento móvel, o berço, é encimado por aquilo que o seu autor chama de “estrela”.
A minha deformação profissional leva-me a ver nela antes uma antena de TV. A ironia de ver o berço do presépio ligado à televisão é algo que não podia deixar passar. E comprei-o.

Nesta quadra festiva, em que os valores económicos se sobrepõem aos filosóficos ou teológicos, aqui o deixo.

By me

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