sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Fotografia e mediatismo



Leio um artigo interessante onde se fala da importância (ou não) da fotografia na mudança de rumo de certos conflitos bélicos.
De que forma essas fotografias, das quais é icónica a da menina que corre na estrada queimada com napalm, durante a guerra do Viet Nam, esgotaram ou não a nossa capacidade de nos comovermos com o sofrimento alheio.
O artigo, caustico, acaba por concluir que o impacto dessas fotografias no desfecho desses conflitos terá sido bem menor que o especulado.

Pergunto-me como reagiria a comunidade das redes sociais e não só, nesta época natalícia mas também de comoção sobre as vítimas na Síria, se a artista Megumi Igarashi, em vez de exibir artigos e estátuas inspiradas na sua própria vagina exibisse esses mesmos artigos inspirados em vaginas mutiladas, em que o clitóris é cortado, nalguns casos apenas arrancado. “Tradição cultural” nalguns países africanos de influência islâmica.

Há uma notória diferença entre civis vítimas de guerra e vítimas de mutilação genital feminina.
Infelizmente o segundo caso é muito pouco mediático.



Imagem roubada da net
By me

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