terça-feira, 4 de outubro de 2016

Palavra de honra

Há uns anos necessitei de recorrer aos serviços de uma advogada para poder ser ressarcido de uns dados sofridos.
A dado passo, e no decurso da conversa de preparação da acção, a senhora tenta convencer-se a apresentar-me em tribunal mentindo, queixando-me de coisas de que não me queixava.
Serviria isso para justificar os danos não patrimoniais e ser indemnizado por isso.
Achei que não!
No meu quotidiano não minto e não faria sentido ir mentir em tribunal, onde é crime.
Prescindi dos seus serviços e acabei por não receber o dinheiro em causa. Achei que era preferível isso (como se constata, sobrevivi sem a indemnização) a ter que mentir. E vou mantendo a atitude em tudo quanto posso, seja qual for o preço.
Mas o contrário também é verdade: não quero por perto gente que me minta.
Pouco importa que a mentira seja grande ou pequena: se for mentira quero distância na convivência.
Se se tratar de vizinhos, parentes, pessoas do âmbito profissional, faço com que essa distância seja tão grande quanto o possível. Se não houver essa “obrigatoriedade” de co-existência, trato de tornar essa distância equivalente a infinito.

Quanto ao resto, sirva a carapuça a quem servir.

By me

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