quarta-feira, 10 de agosto de 2016

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Não, não vos vou falar da tragédia dos incêndios. Já muitos disseram o que lhes vai na alma, já muitos acusaram, e já muitos alvitraram.
Mas vou-vos falar de um episódio a dois tempos, esta mesma noite, tendo como protagonista um colega, madeirense.
Assim que tive oportunidade abordei-o, tentando saber se estaria tudo bem com a sua família, directa ou indirecta.
Disse-me que sim, que todos eles residem numa zona não afectada pelos fogos.
Passado um bom pedaço cruzamo-nos (eu e ele) com uma jornaleira. Conversa vai, conversa vem, e vem a lume o ele ser madeirense.
“Eh pah, pois é! Não me lembrei disso!”, disse logo ela. “E não tens uns contactos, pessoas a quem possamos telefonar, da política, residentes, sei lá, alguém que esteja no meio daquilo?”
Nem um só neurónio daquela mulher se preocupou com a sorte dos familiares ou amigos que ele por lá tivesse.

Fiquei esclarecido quanto a esta jornaleira!
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