quarta-feira, 4 de maio de 2016

Velharias e modernidades



Olho para o propagandeado plano de alteração do eixo central, em Lisboa.
Vejo os cartazes, leio os artigos de jornal, vejo as reportagens televisivas.
Muito naturalmente, aquilo que nos é mostrado parece o melhor deste e do outro mundo, com redução de ruído, maior fluidez de tráfego, mais espaço para peões… OPS! Peões?????
Em parte alguma vejo que nesta obra esteja incluída uma atenção especial para o tempo que os semáforos estão abertos para os peões. Por outras palavras, quanto tempo será destinado a que os peões possam atravessar este eixo central.
Afianço que um peão, cumpridor das regras de trânsito e sem que corra nas ruas de Lisboa, não consegue atravessar a avenida da República de uma só vez, sendo obrigado a ficar parado, de pé, no meio da avenida à espera que o sinal volte a ficar verde.
Se for para manter este estado de coisas, então as obras que agora começam não se preocupam de todo com o cidadão mas tão só com o fluxo automóvel. Como de costume!

Na imagem? O topo de um prédio numa das perpendiculares desse mesmo eixo central.
Uma das características dos prédios originais das “Avenidas Novas” é a existência de decoração, as mais das vezes no topo da fachada principal ou junto à porta nobre.

Para fazer a imagem, foi usada uma objectiva Takumar (Pentax) que, não sendo tão velha quanto estes prédios originais, já leva mais de meio século de fabrico, com a qualidade que se vê.

By me 

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