sábado, 22 de agosto de 2015

O cágado



Quis escrever sobre o assunto que se segue.
Ainda não tinha chegado sequer a um quinto do queria contar e explicar e já ia com mais de 6.000 palavras escritas. Incomportável para este género de suporte e público. Ninguém lê, em redes sociais, trinta mil ou mais palavras.
Reformulo então o que queria dizer, recorrendo a uma piada velha que ouvi a um igualmente velho Mestre:
“Há vinte anos que ando a tentar ensinar o meu cágado a fotografar e não consigo!”
Referia-se ele, com isto, à dificuldade que sentia com alguns alunos em chegar aos resultados definidos. E isto porque a motivação desses era menos que mínima e a linguagem comum era quase inexistente. Mas nunca desistiu e sempre conseguiu levar o grupo e cada um deles a bom porto. Ou, pelo menos, a porto seguro.
Efectivamente, o trabalho de um professor ou formador começa por aquilatar dos interesses e motivações de quem aprende, usando-os ou fomentando-os. E afinar o seu próprio trabalho com eles em função de cada um e do colectivo, sendo capaz de usar de uma linguagem e cultura que entendam e que resulte em aprendizagem.

Se o interesse sobre os conteúdos ou sobre quem os disponibiliza for nulo… vinte anos de formação sobre uma mesma matéria serão inconsequentes.

By me 

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