quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Memória



A questão dos refugiados está na ordem do dia.
São aos muitos milhares, de todos os géneros, credos e idades, que fogem das suas terras, entendendo outras desconhecidas como a salvação à guerra e horror que vivem ou temem.
Enfrentam os mares e as montanhas, os agiotas da salvação e as polícias e arames farpados, fogem como podem e muitos ficam pelo caminho.
As câmaras estão lá, os políticos dizem que estão e os voluntários vão fazendo o que podem para minorar a desgraça alheia.

Não! Não estou a generalizar a questão.
As câmaras, os políticos e as polícias só estão porque os desgraçados estão a entras nas nossa “santa terrinha”. Percorrem as nossas estradas, dormem nos nossos jardins, bebem das nossas fontes, cruzam as nossas fronteiras, procuram a nossa comida. As nossas!
Porque quando os refugiados estavam lá, quando as fugas da desgraça e da guerra acontecia apenas lá, entre países igualmente pobres e desgraçados, os repórteres não viajavam com as câmaras, os políticos faziam vista grossa e os polícias dormiam nas casernas.
Não me recordo de ver tamanha cobertura mediática nem tantos discursos de gente poderosa sobre as migrações de gente a fugir de guerras quando acontecia apenas dentro do continente africano ou asiático.

Mas talvez eu tenha má memória.

By me

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