quinta-feira, 25 de junho de 2015

A lei do funil





Estávamos no trabalho, numa pausa entre tarefas.
Para exemplificar o que estava a explicar tive que recorrer a uma fotografia que havia publicado recentemente. E puxei do meu portátil, ligando-o e inserindo a pen de acesso à rede.
Perguntou-me o meu interlocutor:
“Então mas tu usas isso aqui? Não usas a rede wi-fi interna?”
“Não!” respondi. “A rede interna é para questões de serviço e agora é uma questão particular. Tal como não uso o que é particular para trabalho.”
“Mas… assim estás a pagar!”
“Estou! Mas se nunca ultrapassei o plafond contratado, viver de acordo com os nossos princípios é bem mais importante que apenas apregoa-los. E eu faço questão de não ter vergonha ao olhar para o espelho.”
“Ahhhhhhh…”

Não creio que o meu interlocutor tenha entendido a minha posição. Nem quem estava por perto, que se riram e acrescentaram umas graçolas pouco edificantes.
Mas sei, para além de qualquer dúvida, que de pouco adiantaria ir mais longe. Que, para alguns, a lei do funil e o chico-espertismo são as molas da vida que se sobrepõem a tudo o resto. 

By me

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