sábado, 9 de maio de 2015

Viva quem faz!



O autocarro onde eu seguia parou na respectiva paragem.
Pela porta da frente subiram alguns passageiros.
Uma senhora já de idade içou-se com dificuldade e questionou o motorista se aquele carro seguia para o Rossio.
Ao volante, ele disse-lhe que não, que era o da frente. Um daqueles compridos, de atrelado. Que estava a receber passageiros na respectiva paragem, uns bons metros à frente.
A custo, a senhora desceu e iniciou a caminhada, enorme, na esperança de ainda ir a tempo.
Dificilmente o conseguiria: o seu andar era moroso e doloroso, bem se percebia, e o autocarro era comprido. Bem comprido.
Com uma brusquidão pouco habitual mas não desconfortável, o motorista do meu arrancou, ultrapassou o da frente e ficou a seu lado, dizendo ao outro não sei bem o quê, mas apontando para o passeio.
E a senhora conseguiu embarcar.
Não sei o nome do motorista que me levou. Não lho perguntei, se bem que a vontade não me faltasse.
Mas aqui fica, em nome da senhora de idade e de todos os outros passageiros, o meu obrigado.
A este motorista e a todos os outros que levam a sua profissão um pouco mais além do simples conduzir um autocarro em segurança.


Viva quem faz!

By me

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