domingo, 10 de maio de 2015

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Em tempos tive o privilégio de conhecer um mestre. Mestre Luís Benjamim, que comandava uma traineira – Praia Morena - nos mares do Algarve.
Tive diversos episódios vividos com ele e a sua companha, e outros que soube por ouvir contar. Uns bonitos de morrer, outros de arrepiar cabelos.
Mas de uma coisa eu tenho a certeza: ele gostava mesmo do que fazia.
A ponto de dizer, à boca cheia, que gostaria de morrer ali mesmo, agarrado à roda do leme.
A vida tem destas coisas e ele falhou por um metro, se tanto: a sincope cardíaca atingi-o quando estava a olhar o sonar, um nico a bombordo da roda. Fulminante, ao que sei.

Gostava eu que me acontecesse algo de semelhante: ir com uma câmara nas mãos. 
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