domingo, 12 de outubro de 2014

(R)evolução



Temos visto surgir no panorama político nacional, novas formações.
Umas assumem-se como partidos, outras como movimentos, outras ainda nem uma coisa nem outra.
E eu tenho estado mais ou menos atento, a umas mais que outras. Tentando perceber os objectivos, se os seus protagonistas não forem, desde logo, esclarecedores.
E o que me tem custado em todas estas noveis organizações, umas mais conhecidas e tentando implantar-se no eleitorado, outras ainda em modo embrionário, é que a principal preocupação é o modo e não o objectivo. Alardeiam e defendem uma maior e eficaz “democracia”, transparência, ligação representante/representado, mas sempre em modo evolutivo.
Ou, se preferirem, o conceito de sociedade que defendem é, mais detalhe, menos pormenor, aquele em que vivemos.
Não os oiço falar, nem em público nem mais em privado, em sociedades mais igualitárias, na erradicação dos fossos sociais, no direito que todo o humano tem, pelo simples facto de ter nascido, a ter uma vida digna, feliz e confortável.
Por outras palavras, aquilo que sinto é “mais do mesmo”, com outras roupagens e enfeites.
Não é isto que quero!
Não quero cuidados de saúde privada para alguns e muitos privados de cuidados de saúde.
Não quero decisões judiciais céleres para alguns e para outros morosas e inacessíveis.
Não quero ver condomínios privados e gente a dormir em cartões.
Não quero ver gente a comer dos caixotes de lixo dos restaurantes de super luxo.
Não quero ver gente a estudar e muitos outros impedidos de o fazer.

Nascemos e morremos do mesmo modo: com um choro no início e um suspiro no fim. O que medeia um momento e o outro também assim deve ser.
Quero uma sociedade igualitária, fraterna, sem elites, castas ou classes sociais. Herdadas, conquistadas pelo voto ou pelo dinheiro.

Aqueles que se propuserem a fazê-lo terão o meu apoio, físico e intelectual. Mas para “mais do mesmo”, mudando métodos e protagonistas e mantendo objectivos, tem bastado os últimos trinta e tal anos.

By me 

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