sexta-feira, 18 de julho de 2014

Teoria



A teoria parece um pedaço rebuscada. Ou talvez não.
Mas há quem afirme que a queda não acidental de um avião malaio na Ucrânia não terá sido um “acidente” militar. Ou um engano no alvo.
Que quer o míssil que o derrubou, matando toda aquela gente, tenha saído de mãos ucranianas, de mãos separatistas ou de quaisquer outras, o objectivo seria muito claro:
Dar ao mundo um osso com muita carne para se entreter, usando os meios de comunicação para tal, enquanto noutra parte do globo se iniciava uma invasão terrestre de um pedaço de terra que não tem meios para se defender. Falo, claro está, da invasão da Faixa de Gaza por parte de Israel.
Pese embora parecer rebuscada, esta teoria parece ter razão: veja-se que quantidade de espaço informativo – impresso ou electrónico – se dedica a um e a outro acontecimento.
Vejam-se a quantidade de artigos e peças televisivas sobre estatísticas e historial que sobre um e outro caso são divulgadas.
Vejam-se a quantidade de reportagens com imagens que sobre um e outro caso nos chegam aos olhos. Mais a mais sendo previsível a invasão do território em causa, após a concentração de forças militares, a convocatória de reservistas e os discursos políticos na zona.
Veja-se como se chora – e bem – aqueles inocentes no avião, alguns deles ao que parece eminentes cientistas na luta contra a SIDA, mas nem uma palavra ou nome dos que tombam no maior gueto da actualidade.


Manipulação é isto: umas vezes com semântica, outras com vítimas.

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