sábado, 8 de março de 2014

Flor



Consigo imaginar que, no dia de hoje, se vejam em tudo quanto é lado, flores. Reais ou virtuais.
As mais das vezes embrulhadas em papel transparente, num pequeno grupo bonito. Ou talvez que isoladas, num símbolo único.
Andarão elas de um lado para o outro, sendo oferta alusiva ao dia. O da Mulher.
Já não quero falar na questão do dia disto ou daquilo. É um absurdo ter que haver um dia especial para relembrar isto ou aquilo. E estaria aqui a escrever palavras sem fim sobre isso!
Quero falar, antes sim, sobre a contradição de se oferecerem cadáveres para celebrar um dia.
Supostamente as mulheres são bonitas, ternas, amorosas. Digo supostamente porque há quem o não seja, com tudo o que de bom e de mau isso tem.
Mas oferecer algo morto a alguém…

Se quiserem oferecer algo bonito a uma mulher, ofereçam a flor num vaso. Melhor ainda, ofereçam-lhe um jardim!
Vivo. Duradoiro. Delicado. Onde a vida se mantenha e continue.


By me

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