terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sob a influência de Miró, '10



“Os quadros de Miró são geniais!” “São património nacional!” “Não deveriam ser vendidos ao desbarato!” “Isto é uma afronta à cultura!”
Ouve-se e lê-se isto em tudo quanto é sítio real ou virtual. E vem gente, de todos os quadrantes, incluindo debaixo da cama, defender a presença de tal colecção no país.

No entanto, pergunto eu:
Que percentagem de toda esta gente já se viu em frente de um dos seus quadros? Destes, quantos não se sentiram confusos com os jogos de cor e linhas? E, destes ainda, quantos se sentiram realmente maravilhados com o que presenciavam?
E, já agora: quantos sabem um nico que seja da sua vida e que pretendia ele com o que produziu? Pintura, cerâmica, escultura…
Poucos. Muito poucos. Creio mesmo que menos de um décimo de meio por cento.

Sugiro que da próxima vez que pensarem em fazer uns dias fora de fronteiras, apontem para Barcelona.
Em chegando marquem meio dia, pelo menos, para visitarem a Fundaçió Juan Miró. Lá dentro, requisitem os áudio-guias. Não há em Português, mas o Castelhano não é difícil e também encontrarão em Inglês e Francês. A menos que queiram arriscar o Catalão ou Alemão.
Antes disso, com uns meses de antecedência, tenham o cuidado de ler algo sério sobre o seu trabalho, vida e significados.
Depois, no local, talvez fiquem realmente maravilhados com o exposto.

Talvez.

By me 

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