terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Não gosto!



Não gosto, que querem! Não gosto e não gosto mesmo!
Não gosto, nunca gostei e não creio que algum dia venha a gostar, por muito que viva. Não gosto, pronto!
Não gosto de perder coisas!
Não importa o seu valor comercial, não importa a novidade ou antiguidade. Até poderia ser algo que, no dia seguinte, fosse deitar fora. Agora perder algo é coisa de que não gosto, venha lá quem vier.
Agora, se perder algo é coisa de que não gosto, imagine-se o quanto eu não gosto perder um bloco de apontamentos. É que não gosto mesmo nada.
Não tem a ver com o seu preço. Que diabo! Um bloco de apontamentos é barato. Nem tem a ver com o seu formato. Mais coisa, menos coisa, um bloco de apontamentos é igual a qualquer outro, desde que cumpra a sua função: receber os escritos ou apontamentos que nele queiram que se guarde.
O problema mesmo – e não gosto disso de forma alguma – é perder um bloco de apontamentos em uso. Perder o bloco e perder o que lá tinha apontado ou anotado. Isso faz-me mesmo ficar muito para além do tolerável, a raiar o insuportável. Até eu próprio não me suporto.
Que num bloco de apontamentos – que não gosto de perder – eu aponto de tudo um pouco. É para isso que ele serve. Listas de compras a fazer no supermercado (se se levar a lista de casa e for depois de uma refeição, gastamos menos), ideias úteis ou não para textos ou fotografias, frases soltas que me surgem em meio de qualquer outra actividade, números de série de equipamento à venda, referências de placas de computador para pesquisar sobre elas, exposições a ir ver, autores que me são sugeridos…
É todo um mundo que fica num bloco de apontamentos que, ao ser perdido – e isso é coisa de que não gosto nada – se perdem também.
Como diabo me vou lembrar de um conjunto de letras e números que identificam um Mac adress de uma placa de rede? Ou como irei relembrar daquele nome (e isso é coisa para a qual nunca tive memória) de um fotógrafo cujo trabalho vi numa revista? Ou aquele autor ou obra que é citado num livro e que seria para ler posteriormente?
Não!
Definitivamente não gosto de perder coisas e menos ainda blocos de apontamentos!
Para já não falar naquele momento terrível que é o escrever algo num bloco novo e virgem. Fico sempre atrapalhado messe momento de corrupção da sua alvura (ou não tanto, que procuro usar papel reciclado).
Desta feita, e em tendo perdido um bloco de apontamentos, que é coisa de que não gosto mesmo nada, resolvi a questão da forma que se vê na imagem.
Assim desvirgindado, qualquer outra coisa que haja para escrever mais não será que uma continuação, fácil, que escrever é-me coisa fácil.

Agora se há coisa que odeio mesmo é ter que encetar um bloco de apontamentos porque perdi o anterior!

By me

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