quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Uma questão de respeito



Hábito antigo, de muitos e muitos anos: começar bem o dia.
E uma das formas que tenho é fazer algo relacionado com imagem ou texto. Produzindo-os ou aprendendo com o que outros fizeram.
Quando acabo por sair de casa venho bem disposto por ter feito algo de que gosto.
Infelizmente não será o caso hoje!
Fui obrigado a escrever o texto que abaixo transcrevo.
Já quanto à imagem correspondente, será obvio que a não exiba.

“Esta fotografia foi feita algures entre ’82 e ’83.
E o “midle finger on” que exibi foi uma forma de tentar, com alguma pacatez de ânimos, que o meu direito à reserva de imagem fosse respeitado. Não foi!
Sempre me bati, desde 1 de Julho de ’78, para que não fossem feitas, e menos ainda divulgadas, imagens de minha pessoa no local de trabalho. Foto ou videográficas.
Vontade essa que se prende, logo desde essa altura, no separar o profissional de uma actividade do cidadão que, cá fora, é o que é bem para além do ofício que tem.
Tenho conseguido manter essa privacidade ao longo dos anos. Umas vezes com bonomia, outras em resultado de algumas discussões mais acaloradas. Cheguei mesmo a pagar com língua de palmo o fazer questão que este assunto, constitucionalmente referenciado, fosse respeitado. Que há quem entenda que a simples posse de uma câmara ou do seu resultado dá todos os direitos de registo e divulgação.
Não dá!
Nem perante a lei, nem perante a ética da actividade fotográfica, nem perante o respeito que todo e qualquer cidadão merece.
Infelizmente, esta imagem é o exemplo em como eu e a minha vontade não foram respeitados em dois momentos: então, ao ser feita, e agora ao assim ser publicamente divulgada.
É pena!

Resta-me pedir a quem a publicou que a respeite e a apague.”

By me

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