quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Um presépio



Pondo de parte o Pai Natal (de vermelho ou de branco) e a novel imagem barroca do menino Jesus, também pendurada nas janelas, as figuras da época são estas:
José, Maria e Jesus, não forçosamente por esta ordem.
Encontram-se um pouco (pouco mesmo) por todo o lado, sendo que os lares de crentes, por esta altura, têm um presépio montado, mais elaborado ou mais singelo.
Este é original. Construído artesanalmente por Simão Bolívar – não, não é piada, o brasileiro em causa é mesmo assim que se chama – é feito de pedaços de arame e de lata, reciclados. Tem a peculiaridade, como todos os artigos que fabrica, de ser móvel. Melhor, de ter peças moveis com as quais nos delicias aquando da sua venda.
Admito que quando o vi, há dois anos, me apaixonei por este presépio. Não apenas pela sua singeleza, até porque não sou crente, mas principalmente porque o elemento móvel, o berço, é encimado por aquilo a que o seu autor chama de “estrela”.
A minha deformação profissional leva-me a ver antes uma antena de TV. E a ironia de ver o berço do presépio ligado à TV era algo que não poderia deixar passar. Comprei-o e está aqui em casa.
Nesta quadra dita festiva, em que os valores económicos se sobrepõem aos teológicos ou filosóficos, aqui vo-lo deixo.


By me

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