terça-feira, 8 de outubro de 2013



Ao contrário do que muitos afirmam, entendo que tudo o que o ser humano faz é natural, faz parte da natureza.
Isto porque, queiramo-lo ou não, o próprio ser humano é natural, é parte integrante da natureza. Ou, se quisermos ser mais exactos, faz parte da natureza deste planeta.
Mesmo o esgotar de recursos – minerais, vegetais ou animais -, sendo praticado por uma parte da natureza, é natural. Podemos ou não gostar do que fazemos, mas que é natural, lá isso é.
Outra coisa se pode dizer daquilo que o ser humano faz (ou poderá fazer) em qualquer outro planeta que não o seu, já que ali será um estranho.
Acontece que a natureza, incluindo o ser humano, é mais que avarenta em situações de simetria.
A simetria é coisa que quase não se encontra em nenhum dos três “reinos”. Mesmo o movimento dos astros nada tem de simétrico ou de equilíbrio.
Apesar disso nós, os humanos, entendemos a simetria e o equilíbrio como que um expoente de beleza e perfeição. Há quem afirme que alguém com feições simétricas é belo, há quem afirme que uma balança de pratos iguais em equilíbrio é perfeito… O facto de ser raro é entendido por excelso.
Por isso mesmo, o próprio ser humano procura fazer coisas belas, recorrendo à simetria. Usando das ferramentas que produz e dos cálculos que elabora, tenta a perfeição usando a simetria como modelo.
Tamanha arrogância incomoda-me!
Nós, os humanos, pouco mais que nada somos no universo. Sabemos que este nada tem de simétrico. E, ainda assim, entendemo-nos como superiores no criar a perfeição quando ela não existe.

Ora se fossemos plantar batatas (que nada têm de simétrico) e se prestássemos o nosso respeito pelo universo (que também nada tem de simétrico e do qual quase nada sabemos) não fazíamos bem melhor?

By me 

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