quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Olha o Pai Natal!



Perante a existência de lei, só há três caminhos:
Ou bem que ela é cumprida, ou bem que é abolida ou bem que é mudada.
A opção de infringir a lei acaba por ser um absurdo, já que infringir as normas mais não é que provocar mais confusão que a que já existe. A menos que a infracção da lei tenha como objectivo a sua mudança ou abolição, já que a lei, por si mesma, não se altera nem extingue. E quem as faz é, notoriamente, autista perante mudanças ou extinções de lei que não as que lhes convém.
Claro que os advogados deliram com os que a infringem e abominam as outras três alternativas. Afinal, eles vivem de saber como usar a lei. Ou de a contornar.

No próximo dia 29 de Setembro acontecerá um acto eleitoral. Diz a lei que todos se devem abster de promover este ou aquele candidato ou lista de candidatos no dia e na véspera de eleições. Este último é, supostamente, o dia de reflexão, em que os cidadãos devem ponderar todos os argumentos que ouviram e tomar as suas próprias decisões.
Até tenho que concordar, que tomar decisões sobre o futuro do país (ou da freguesia ou do município) não é coisa que deva fazer de ânimo leve. Nem sob pressões, seja de que género for.
Assim, recomendo que vão, desde já, pensando como irão votar, se o forem, dia 29. E que usem o dia 28 para aprofundar esses pensamentos.
Mas comecem a pensar já hoje, que um dia só é pouco para tudo o que há que levar em consideração:
O que aconteceu por cá nos últimos quinze ou vinte anos, que pessoas ou partidos estiveram na origem do que aconteceu, que pessoas ou partidos se candidatam na vossa zona, que ligações têm cada um deles com esses acontecimentos, que ideias apresentam e alinhadas com que formações partidárias, mesmo que ditos “independentes”…
O problema da maioria das formações partidárias, nos tempos que correm, é que não defendem ideias de sociedade: defendem “remendos” sobre o que tem sido, prometendo manter o actual estado de coisas, mesmo que com outras roupagens.
Donde:
Os que estão satisfeitos com o actual estado de coisas (no país ou na sua autarquia) optem pela continuidade, pela manutenção do rumo que temos;
Os que não estão satisfeitos tenham a coragem, ao menos uma vez, de fazer mudanças sérias, batendo a porta a dois ou três decénios de afundanço nacional e local.

Em jeito de conclusão, sempre vos digo que o Pai Natal não existe!

By me

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