sexta-feira, 28 de junho de 2013

A moda



Cobriu a cidade como um manto, não sei se diáfano se terrífico.
Fica a moda, à venda nas lojas do chinês e correlativos, nas echarpes, camiseiros, calças, malas, chapéus, e tudo o mais que o ser humano, na versão feminina, é capaz de inventar para se cobrir.
Ele é com padrões mais largo, ele é com padrões mais claros, alguns mesmo sem cor, como no tempo do preto e branco, zebrados, trigrezas, panteras, leopardos… tudo quanto se referir a pele de animal serve para tapar a pele.
Ou outras coisas.
A esse respeito, só me posso lembrar de uma piada, velha de quase meio século, contada então à boca pequena. E contada agora com a boca do tamanho da rede.
“Qual a maior ambição de um leopardo???? Fácil! Ter um casaco de pele de gaja!”

Que me perdoem as que alinham nesta moda, mas… tentem ser um nico originais, ‘tá bem?


(Nota extra: dei cinco aérios nos ciganos p’ra fazer esta fotografia. E fico com a certeza de que, pelo menos este pedaço de pano não me irá fartar o olho.)

(Segunda nota extra: Esta fotografia foi feita na entrada superior da estação do Rossio, em Lisboa. Editada no comboio, de regresso a casa, o texto que a acompanha foi escrito no comboio. E o conjunto publicado igualmente a partir daí.
Enquanto tratava do assunto, sentia o olhar bem curioso de uma senhora já de idade, sentada a meu lado, sobre o que ia eu fazendo. Tendo ela saído na estação anterior à minha, constato que as calças que trazia vestida eram deste padrão exacto, um nico mais claro, talvez.
Espero que tenha lido o texto todo.)

By me

Sem comentários: