sábado, 30 de março de 2013




Se defendesse eu um partido em desfavor de todos os outros, defenderia um partido que se dissesse ser – e fosse - composto por trabalhadores, não um partido que se dissesse ao lado deles.
Uma elite paternalista partidária, que se entende acima dos seus concidadãos e que os defende, não é o meu conceito de democracia.

Para me representar quero gente que saiba o que é estar 8, 10, 12 horas a trabalhar para um patrão; quero alguém que saiba o que é contar os cêntimos para chegar ao fim do mês; quero alguém que saiba o que é estar 6 horas numa fila para conseguir, eventualmente, ter uma consulta médica.
Para me representar quero alguém cujo nome eu saiba, cuja cara eu conheça, alguém que tenha mais respeito pela minha opinião que pela opinião do aparelho partidário. Alguém a quem eu possa pedir contas por eventuais desvios entre o prometido em campanha e o cumprido em mandato.
Para me representar quero alguém que cumpra o mandato e não alguém que pode ser substituído por decisão partidária e sem mais divulgação que um edital ou publicação num jornal hermético.
Para me representar, quero alguém que se entenda e se trate como qualquer outro cidadão, e não alguém que redigiu, subscreveu e cumpre um regulamento onde se diz: “A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais.”
Para me representar quero cidadãos, não membros de elites!
Tudo isto presumindo que sou defensor de uma democracia representativa, que não é o caso. O parlamentarismo acima e à margem dos cidadãos não satisfaz a minha noção de igualdade nem de democracia real.

By me

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