terça-feira, 19 de março de 2013

Manias




Esta é uma daquelas dúvidas que me assaltam quando, num sanitário público, sou confrontado com estes aparelhos:
Qual a opção correcta para secar as mãos?
No dispositivo da esquerda não há consumo de papel, esse material que tem origem nas árvores e que tão displicentemente vamos destruindo. Em alternativa, a energia que gasta aquecer e ventilar é notoriamente elevada e a sua origem é preciosa.
Em contrapartida, o dispositivo da direita não gasta energia e o papel que fornece pode ser reciclado. Mas não apenas não tem um aproveitamento a 100% da matéria-prima como a energia para o reciclar (transportes, fabrico, embalagens) também é notória.
Acrescente-se que o da esquerda não requer manutenção que não em caso de avaria, enquanto o da direita, menos propício a avarias, obriga a repor o rolo em função da sua utilização. Pelo que, e para além da fábrica, há que considerar o emprego de mão-de-obra neste trabalho.
Não seria a primeira nem a segunda vez que, confrontado com este dilema, me limito a sacudir e a esfregar as mãos, saindo do sanitário com elas apenas húmidas. E praguejando de seguida contra os meus escrúpulos, se estiver frio ou quiser acender um cigarro.

Neste caso específico, juro que me complica com os nervos ver o perfeito alinhamento dos azulejos, com as suas linhas rectas e ângulos rectos, a verticalidade de um dos aparelhos e o muito ligeiro desvio do outro.
Bolas! As coisas ou bem que estão alinhadas e certinhas, ou bem que o não estão. O “faz-de-conta” ou o “está quase lá” irrita-me!

By me

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