quarta-feira, 20 de março de 2013

Com um cheirinho a A




Cumprimentei hoje as pessoas que conhecia e com quem me cruzei com “Bom dia e bom feriado”.
Sorriam com o comprimento do cumprimento, davam mais um ou dois passos, estacavam e encaravam-me com o cenho franzido: “Hoje é feriado?”
Houve quem afirmasse que, se era feriado, não estava a ganhar mais por estar a trabalhar; houve quem dissesse que não se lembrava que hoje era feriado; houve quem me perguntasse porque é que hoje é feriado.
Houve alguns que tiveram a paciência (ou o azar) de me ouvir explicar o significado de “feriado” como dia de festa e como os equinócios e solstícios têm sido celebrado ao longo dos milénios.
Uns sorriram, outros ficaram a pensar, outros ainda deram-me troco na conversa para proveito mútuo.
O interessante mesmo foram as pessoas a quem eu não me estava a dirigir, e isto aconteceu em três cafés que, estando encostados ao balcão, ficaram bem para além da duração da bica, a fazer de conta que estavam entretidos, mas a ouvir a conversa. Ou, se preferirem, o meu discurso, meio histórico, meio sociológico, meio político.

Juro que me dá gozo fazer estas intervenções políticas e bem para além de partidos ou correntes generalizadas, sempre com um “Azinho” na ponta e disfarçado. Que é falando e ventilando ideias que se vão transformando mentalidades.


By me

Sem comentários: