segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Talvez que para breve




Este pedaço de parede branca que aqui vedes corresponde a, talvez, um sexto do seu total. Talvez que menos, que não fui medir.
Junto a uma estação de caminhos-de-ferro suburbanos recém remodelada, é o sustento de um morro onde se edificam prédios, uns em cima dos outros. Bem velha esta parede, ao contrário da sua alvura, que tem uns meros meses.
No entanto, desde que foi pintada para estar de acordo com a novel estação, continua impoluta e imaculada, brilhando de branco como se de tinta fresca se tratasse.
Pergunto se os habituais pintores de graffitis andam desatentos ou se a vigilância e/ou policiamento da rua é tal que os afasta por completo.
Alguns graffitis, mesmo que apenas definidores de território, são de tal forma bonitos ou inspirados, que mereciam um museu. Não fora os museus terem horas certas de abrir e fechar, regras e regulamentos, rigorosamente o oposto ao espírito dos graffitis.
O seu museu é a rua e fico à espera de ver o que surgirá nesta tela por enquanto virgem.

By me 

Sem comentários: