domingo, 3 de fevereiro de 2013

Representatividade




Corro o risco de começar a parecer ligado a uma formação partidária. E isso assusta-me em parte, porque faço muita questão de não pertencer a nenhuma. Mas a verdade é que esta é a minha opinião, e desde há muito.

Se há coisa que não faz sentido é vermos a dança das cadeiras do poder autárquico de novo agora. Acrescida do cumprimento legal de limites de mandato por autarca e autarquia.
É assim que vemos um presidente de câmara ou freguesia a candidatar-se à câmara ou freguesia do lado ou onde o partido mais recomende, mesmo que no outro extremo do país.
E não faz sentido porque um presidente de câmara ou vereador ou vogal em município ou freguesia deverá ocupar o lugar para resolver os problemas daquela região em particular e de acordo com as vontades e sensibilidades de quem lá vive. Saltar de concelho em concelho ao sabor dos caprichos eleitorais ou partidários não, p’la certa, a melhor forma de defender os interesses dos cidadãos lá residentes.
Do meu ponto de vista deveria ser obrigatório, tal como o limite de mandatos, que cada candidato estivesse inscrito nos cadernos eleitorais da autarquia a que se candidata desde eleição anterior até à candidatura, ou seja, durante os quatro anos antecessores à eleição.
Desta forma haveria uma quase (leia-se quase) certeza de o candidato conhecer os problemas locais e os anseios dos cidadãos perante quem se apresenta.
Além disso, este sistema terminaria de vez com os autarcas profissionais e com os salta-pocinhas da política local.
Mas, claro, isto iria mexer com os poderes e movimentos politico-partidários, pelo que não acredito que alguma vez os partidos com assento na Assembleia da República aprovem tal solução.
Que “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”, lá diz o povo.

By me

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