segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Não se espantem!




Tenho visto muita coisa feia nos governos e governantes dos últimos anos. Sendo que a quantidade de coisas feias tem indo a aumentar significativamente à medida que a situação do país se agrava.
Esta é mais feia que vi dessa longa lista:
Aproveitar o sempiterno conflito de gerações para justificar os desastres governativos. Ou, por outras palavras, dividir para reinar. Ou ainda, provocar batalhas paralelas para fazer esquecer a guerra principal.
De acordo com um jornal:
“Miguel Relvas acusou ontem, em Lisboa, os instalados do mercado de trabalho de serem os responsáveis pelo nível de desemprego jovem que se regista em Portugal – que está perto de atingir os 40%. O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares disse, na apresentação das “Orientações Estratégicas para a Política de Juventude” do governo, que o mundo laboral não parece mais favorável, porque há oportunidades raras e instalados a travar todas as ambições.”

Ao longo dos tempos esta estratégia tem sido usada com sucesso por ditadores de grande e pequeno calibre: encontrar um inimigo comum para nele responsabilizar todos os problemas existentes e juntar em torno dos “salvadores” os fracos e oprimidos. Foram os pretos, os gays, os judeus, os ciganos, os migrantes, os comunistas, os capitalistas, os árabes… A lista é longa e conhecemos todos os seus resultados desastrosos.
Agora esta versão é original e ainda mais perigosa: os velhos.
Que todos temos velhos por perto. Senão no trabalho, na vizinhança. Para não falar os mais próximos: os pais.
Um destes dias veremos estes senhores a iniciar um qualquer discurso ou cerimónia e, para além da bandeirinha na lapela, levantando o braço, esquerdo ou direito tanto faz. E exibindo a mão aberta ou fechada, também tanto faz.
E muitos de nós, os tais velhos, que já vimos isto e sabemos o sangue que daí advém, tremeremos de medo ou de raiva!
Não se espantem!

By me

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