sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A espiral




Desculpem-me o desabafo, mas dias há em que me apetece andar à chapada por tudo quanto é lado. Principalmente entre gente conhecida.
Ver pessoas que mal têm para se desenrascar na vida, com problemas económicos, a dar apoio a medidas de cortes nos apoios sociais e a defender a estratégia do “cada um por si”, faz-me perder a paciência.
Muito principalmente sabendo que estes, que ainda não estão “na mó de baixo”, em lá estando serão os primeiros a reclamar os tais apoios que hoje querem recusar aos demais.
Estes pseudo-governantes, por nós eleitos ou não, estão a levar o país – entenda-se a sociedade – a posições estremadas para ambos os lados. E não creio que o futuro seja aceitavelmente previsível que não num quadro de semi ou completa violência, mesmo entre iguais.
Pior ainda que esta fractura social (mais que económica, de princípios), é o estar-se a criar o ambiente certo para o fim da democracia. Aqui, em Portugal, mas não só. Um regresso a um passado não tão distante quanto isso e muito, mas muito pouco agradável.

Diz-se que a história se repete em espiral. Talvez que esteja na altura de a interrompermos de vez!

By me

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