sábado, 7 de abril de 2012

A luz não faz curvas




No fim de uma tarde monótona, chata, aborrecida, mais entorpecedora que um discurso do Gaspar, que fazer naqueles dez minutinhos entre o vir à superfície respirar algo misturado com o fumo de um cigarro e a hora de abrir aquele local onde iremos jantar?
Talvez fotografar, para animar os ânimos.
Não importa o quê nem o porquê, que sabemos que isso nos levanta o moral face ao que foi e nos dá coragem para o que há-de vir.
Desta feita saiu-me isto, duas coisas tão díspares, duas abordagens à luz tão diferentes que quase nem parecem ter sido feitas pela mesma pessoa ou, tendo sido, no mesmo dia. Mas foram.
E reflectem o desmagnetizar temporário da minha bússola interior.
Quem diz que fotografar é o registar o que se encontra em frente da câmara deveria pensar de novo. Chegará certamente à conclusão que, bem mais que isso, é o registar o que está atrás da câmara, mesmo que as leis da física impeçam que a luz que daí vem entre pela frente da objectiva.

By me

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