terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Raridades




Ao longo dos anos tem-me acontecido o mesmo que acontece a quase toda a gente: ter que usar um sanitário que não o nosso num estabelecimento comercial. Em regra de restauração ou um centro comercial.
E, ao longo dos anos, já me deparei com quase todo o tipo de sanitários, dos mais higienizados de fazer inveja a qualquer cozinha, àqueles que só de entrar faz desaparecer toda e qualquer vontade urgente. Cheguei mesmo a estar num em que eu, que meço 1,72 metros, tive que fazer o que tinha que fazer em bicos dos pés. E, note-se, foi num hospital.
Mas hoje foi uma novidade, novinha em folha: urinar olhando por uma janela. Já tinha encontrado paredes, com ou sem graffitis, espelhos, obras pseudo-artísticas… Agora uma janela… Aberta e com grades, entenda-se.
Pouparam os administradores na energia eléctrica, que p’la janela entra luz, poupam os administradores em desodorizar o espaço, que p’la janela muito dos odores saem, e fica o utente mais satisfeito, que não tem uma parede, decorada ou não, em frente do nariz.
Fica este sanitário especial num centro comercial, a meia distância entre Lisboa e o meu bairro. Mais um daqueles centros comerciais em que as lojas vão fechando ou mudando para locais menores e de renda mais barata, por causa da crise.
Mas deviam anunciar a raridade. Que os utentes, entre o ir e o voltar e fazerem o que tiverem que fazer, sempre pode ser que gastem umas lecas numa das lojas.

Texto e imagem: by me

1 comentário:

perplexo disse...

O mais arrojado que conheço situa-se no CC Chiado. A janela é de sacada - de alto a baixo - e proporciona aos que se aliviam uma vista espantosa sobre os telhados da Baixa. Também proporcionará uma vista espantada a algum vizinho que procure alívio no uso de binóculos...