quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cão de guarda




Descobri o escritório do representante local do Velho Nicolau.
E, confesso, não resisti a tentar saber que prendas tinha ele agendadas para minha pessoa. Impossível!
Tão velhote como o dono, um cão de guarda ladrou-me, rosnou-me, uivou-me, tanto quanto podia e a idade permitia. Mas o suficiente para que eu não arriscasse uma entrada onde não fui convidado.
Com um pouco de azar, viriam elfos e duendes, montados em renas, para me espancarem ou, pior ainda, para cancelarem o que já de si será pouco que venha a receber.
Até porque, e em prestando atenção ao estado decrépito do edifício, nem sei se terá havido orçamento que chegasse para um par de peugos que fosse para mim.

Texto e imagem: by me

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