domingo, 4 de dezembro de 2011

Ao Domingo




Ir às compras num primeiro Domingo do mês, sendo para mais o mês de Dezembro, é sempre uma aventura e requer uma dose sobrevalorizada de paciência.
O supermercado cá do bairro tem umas 16/18 caixas e, nestes dias, estão mais de metade em funcionamento, tentando as empregadas mostrar um sorriso para os clientes que já desesperaram na fila para pagamento.
Foi assim que me conformei em ter que lá ir. As folgas aleatórias e os horários malucos não me dão muita margem para poder escolher o dia da semana em que posso por lá passar. Paciência!
Almocei, pus a sacola das compras às costas, partilhando o ombro esquerdo com a câmara, e fui. Surpresa!
Pelas 15 horas, mais coisa menos coisa, apenas quatro caixas em funcionamento e nenhuma delas com mais de um cliente à espera. Visão abençoada, apenas antecipada pela quantidade de espaço vazio no estacionamento e as filas de carrinhos de compras cá fora.
Assim, face a esta experiência inaudita, apenas posso concluir uma de duas coisas: ou bem que os moradores cá do bairro viraram todos muito crentes na fé cristã, que reserva o Domingo para essas celebrações, ou estão todos “nas encolhas”, guardando o pouco que têm lá mais para o Natal e para uma consoada mais compostinha.
Sendo que os templos não abundam cá por estas bandas, e a menos que tenham optado pelos templos do consumismo chamados “CC Qualquer-Qoisa”, opto por ser verdade a sua versão.
Vantagem minha, fotógrafo não crente.

By me

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