domingo, 27 de novembro de 2011

Desculpem qualquer coisinha




Por vezes é assim!
Sai um tipo de casa, todo contente, porque vai direitinho a uma exposição fotográfica. Vários autores, todos portugueses ou radicados por cá, todos razoavelmente novos, o suficiente para esperarmos ir aprender algo com quem não trás vícios. De forma ou de conteúdo.
Frustração total!
Talvez que falha minha, a verdade é que, com poucas e honrosas excepções, não me senti tocado pelo que vi. Nem da primeira volta, nem da segunda, que faço-a sempre.
Não que as imagens fossem más. Não posso dizer que tenha “desgostado” o que ali vi.
Apenas que, confrontado com as imagens expostas, não vibrei. Não senti mensagem, não senti emoção. Olhando para elas, para a maioria delas, o mais que pensei ou senti foi:
“Ok! São fotografias. Ponto”!
Talvez que sejam os meus próprios vícios formais, fruto de uma sociedade de informação padronizada, que me impede de ver mais além.
Certo é que não vi mais do que ali se me mostrava!
Valeu-me, para salvar o dia, o estar a acontecer em simultâneo no local a segunda edição da feira do livro de fotografia. Com a carteira mais leve (não muito) e o saco bem mais pesado, regresso de alguma forma mais equilibrado. Talvez que o ter recolhido alguns mais ou menos convencionais, daqueles de que sei gostar ou de que espero gostar, ajude ao equilíbrio.
Certo é que entre a expectativa, a frustração e o re-equilíbrio, não tive inspiração para fazer algo que se visse ou de que me possa, se não orgulhar, pelo menos não envergonhar.
Resta-me, para que este desabafo não fique a seco, o que registei um destes dias, enquanto esperava p’lo comboio, e já meio esquecido no cartão da câmara.

By me

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