sexta-feira, 18 de novembro de 2011

16:58




A meio caminho entre uma sala grande e afundada, onde o espaço é alumiado por grandes e potentes projectores de luz e uma outra sala, pequena e escura, onde as luzes que predominam são as de monitores de vídeo o PC, olho para o alto do prédio, lambido pelo que resta do sol.
E enquanto tento guardar, qual usurário avarento, um pouco do espectro total, os que vão passando no seu caminhar rotineiro que os levará até casa ficam a olhar para mim, já meio habituados às minhas barbudas e menos convencionais atitudes. E nem desconfiam o quão vital é usufruir destes instantes fugazes de luz e cor.
Que se o soubessem teríamos o pátio cheio, as ruas transbordando e os motores desligados. E, por uns momentos, todos em conjunto gozaríamos daquilo que nem a troika consegue tributar nem o governo consegue suprimir.

By me

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