sexta-feira, 7 de outubro de 2011

É como andar de bicicleta




É daquelas coisas com piada.
Tal como quando senti a “nova” Pentax MX nas mãos e os dedos fizeram aquilo que a cabeça já nem sabia que lembrava, também no trabalho de laboratório acontece o mesmo.
Desde o lembrar as diferenças entre o 1+50 e 1 para 50 até ao sentir o gozo das inversões do tanque, do cheiro inconfundível do fixador ao recordar como extrair a película para a espiral dentro do saco estanque à luz, foram coisas em que nem precisei de pensar, pese embora não lhes mexa há bem vinte anos.
E a tralha aí estava, dispersa por várias caixas, que bom trabalho me deu em a encontrar por completo. E somente os frascos para as soluções de trabalho, bem como o cronómetro, tiveram que ser novos. Neste caso, longa vida àqueles aparelhómetros que tudo fazem, incluindo chamadas telefónicas!

Fica-me, agora, aquela comichãozinha nos dedos, de esperar enquanto seca.
Mas faz parte daquela disciplina que a película impõe e que o digital despreza: saber dar tempo ao tempo.
Até porque, como costumo dizer, as coisas boas da vida fazem-se devagarinho!

Texto e imagem: by me

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