sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Usos e abusos



Enviada ontem, para o director de uma revista de informática nacional, a propósito desta fotografia.
Como resposta recebi uma mensagem automática avisando-me que o destinatário está de férias e que regressa dia 29 de Agosto. Fico à espera. Sentado, claro.

Senhores:
Tropecei no vosso artigo intitulado “As brincadeiras online são crime”.
Constato que recorreram a uma fotografia para o ilustrar. Até aqui tudo bem não fora…
Não fora ser eu o autor da dita fotografia e, também, o retratado nela. O que, desde logo, levanta a questão do direito de usarem comercialmente uma fotografia que não vos pertence onde consta alguém que não deu autorização para tal.
Mas deixemos essa questão de lado, para já. Até porque acho graça ao facto de a terem usado, o que significa que fui muito bom naquilo que fiz. É que, e espero que acreditem nisto até porque o posso provar, a fotografia não aconteceu numa estrada mas tão só num parque de estacionamento tão raramente usado que nunca lá vi um carro ou camião que fosse. Apesar das pinturas no asfalto. Aliás, foi pela hiper-tranquilidade do local e pelo estado das pinturas que o usei, até porque perto de minha casa.
Acrescente-se que esta fotografia se insere numa série de fotografias que tenho vindo a fazer com base nesse tema, acrescido da particularidade de serem sempre auto-retratos, efectuados sozinho e sem ajudas de terceiros. Entendo-o como um desafio fotográfico.
Voltando à questão do início, como podem os senhores esperar credibilidade se usam material que não vos pertence de forma alguma nas vossas publicações? Estando eu no ramo da comunicação social também (sou operador de câmara de televisão há mais de 33 anos) sei bem o que é o respeito pelo trabalho dos outros e o que aqui vejo não me parece ser classificável senão com termos bem feios e que aqui não reproduzo.
Fico a aguardar uma resposta vossa, de preferência uma que me agrade.

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