sexta-feira, 6 de maio de 2011

E o hábito faz o monge



Possuir uma câmara de aspecto, características, peso e volume “pro”, tem vantagens e desvantagens.
Claro que a qualidade de imagem resultante, pelo suporte e pelas ópticas, é francamente melhor. Claro também que as costas (as do corpo, não as da câmara) se queixam do facto, mas não há bela sem senão!
Agora o que é surpreendente, ou talvez não, é a reacção dos anónimos perante uma câmara destas, comparadas as reacções perante uma compacta, por muito boa que possa ser.

Um dos meus projectos fotográficos passa por imagens como esta: ir para além da distância mínima ao fotografado, cruzar aquela fronteira que todos definimos como espaço privado, e entrar pela cara e olhos dentro.
Terão que ser olhos que por este ou aquele motivo me atraiam, masculinos ou femininos, é indiferente.
Mas tentem lá abordar um ou uma desconhecida/o com uma compacta e dizer que querem fotografar-lhes os olhos! É tampa pela certa!
Mas se o saco for volumoso, se a câmara tiver um aspecto todo XPTO, logo as atitudes mudam, passando a um estado entre o acanhamento e a vaidade, assim que a eventual desconfiança desapareça.

O bicho-homem é levado da breca!


Texto e imagem: by me

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