quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vertigens?



uns meses estive de conversa com um empregado de um café onde páro de quando em vez.
Vinte anos, ou pouco mais, nunca eu o havia visto por lá e teve ele curiosidade em saber o que era o “A” que trago na lapela.
Brinquei com ele sobre o que poderia ser um “A” como início de palavra, de “amor” a “à toa”, passando por “anarquia” e etc.. E a conversa acabou comigo a recomendar-lhe que procura-se na net o significado de “Acracia” e que procurasse numa livraria o livro “O banqueiro anarquista”, de Fernando Pessoa.
Hoje, na estação de caminho-de-ferro a caminho do trabalho, eis que nos vemos de novo. Vem ele ter comigo, meio pesaroso, pois havia perdido o papel onde havia apontado as minhas sugestões e se me não importaria de as repetir.
Confesso que fiquei com o ego cheio de ele ter dado importância ao que lhe havia recomendado e, claro está, que lhas repeti. Aliás, acrescentei-lhe mais um título: “Para uma filosofia da fotografia”, de Vilem Flusser. Com o habitual aviso de não ser eu responsável pelos seus actos depois de o ler.

Fiquei foi na dúvida se estas janelas diferentes não provocarão demasiadas vertigens a um jovem estudante de direito. Mas, talvez, fosse esse mesmo o meu objectivo!

Texto e imagem: by em

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