quarta-feira, 27 de abril de 2011

Uma sugestão



Por vezes, mesmo à porta de casa, encontramos pequenos tesoiros. No caso, um grande tesoiro.
A meia distancia entre o meu prédio e o café onde costumo tomar a bica matinal, este 2CV!
Entenda-se que um “dois cavalos”, da Citroën, não é um carro qualquer. Há mesmo quem afirme que ter um 2CV não é ter um automóvel, é ter uma filosofia de vida.
Poesias à parte, certo é que este carro marcou uma época, pôs rodas debaixo de muito cidadão de todas as idades e foi fonte de muitas aventuras e viagens através de todo o mundo.
O seu conceito de carro barato, acessível a todas as bolsas e capaz de andar em quase qualquer terreno só era suplantado pelo igualmente clássico “Willis”, o jeep que foi banalizado na segunda guerra mundial e pelo mais que famoso Land Rover, com a sua carrosseria em alumínio não enferrujavel.
Este 2CV está num estado impecável e, disse-me o seu orgulhoso dono, mais que parecer, todas as peças são de origem e que o motor girava como um relógio suíço.
A fotografia aqui exibida dessa relíquia da estrada, serve para lembrar a quem esqueceu e mostrar a quem nunca soube, que as janelas das portas de trás não se abriam. Só as da frente, e da forma inconfundível de um 2CV.
Contou-me quem sabia destas coisas, mas que também tinha uma boca e coração enormes, que este detalhe das janelas surgiu de experiências feitas em túnel de vento pelo fabricante, que constatou a perca de estabilidade e aderência caso as de trás abrissem, quando o carro atingia os 230 Km/h.
Nunca tive oportunidade de constatar a veracidade desta questão, já que nunca andei num 2CV em que estas janelas abrissem.
Verdade ou mito, certo é que, por antigos que fossem, nunca fiquei apeado por causa de uma avaria.
Para quem nunca andou nestes carros: se tiver oportunidade, não a perca, que é experiência única!

Texto e imagem: by me

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