sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nem se metam comigo



Agora digam lá se não é motivo para um tipo ficar chateado?
Na CP têm vindo a acontecer greves, que ocupam meio dia, de manhã ou de tarde, consoante se trata de composições suburbanas ou de longo curso.
Sabendo disso, os cidadãos que dependem dos comboios para ir trabalhar tratam de organizar a sua vida por forma a conseguirem-no, apesar das greves. Suponho que alguns encontram boleia de familiares ou amigos, outros conseguem algum tipo de acordo com a entidade patronal, outros ainda prevêem as óbvias filas e tempos de espera para conseguirem embarcar numa das poucas circulações previstas dentro do conceito de “serviços mínimos”, cujo cumprimento e conteúdos bem tem sido discutido nos media.
Para hoje estava prevista uma dessas greves. Haveria apenas comboios na hora de ponta matinal, e poucos. Sabendo disso, vim para casa mais cedo na véspera, tentei deitar-me cedo (o que não consegui) e acordar cedo (objectivo cumprido), considerando que teria que embarcar num desses e acabar por passar umas horas extra na cidade, antes de entrar ao serviço. Incómodo e desagradável, mas compreensível, dadas as circunstâncias.
Então não é que, consultando os jornais on-line de manhãzinha, sou informado que a greve foi desconvocada? E não podiam ter avisado mais cedo? Ganhava umas horitas de sono vitais e não antecipava a chatice de uma manhã perdida.
É bom saber que sindicatos e CP chegaram a um acordo e que as greves terminaram. Para bem deles e de toda a população. Mas se tenho que dormir pouco e sair de casa a correr fico com um humor assim como o de uma tarântula com uma crise hepática.
Hoje não se metam muito comigo!

Texto e imagem: by me

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