segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Saudações



Olá! Salvé! Bom dia!
São saudações que conhecemos, umas mais corriqueiras, outras de tempos de antanho. E dizem as regras da boa educação que quem chega deve saudar os presentes.
Claro está que, em chegando a uma lugar num pesado dia de Inverno e lançar, para os que estão, um “Bom Dia!”, logo haverá quem afirme que o dia não está nada bom, que chove a cântaros ou que o nevoeiro nem deixa ver a ponta do nariz.
Para estes, que assim manifestam uma boa dose de pessimismo aliada a um realismo meteorológico irrefutável, tenho a resposta na ponta da língua:
“Não estou a afirmar que está um bom dia, que isso vê-se e sente-se de caras. Estou, antes sim, a desejar que tenha um bom dia, esteja a acontecer o que quer que seja lá fora!”
Mas outra abordagem há em torno do convencional “Bom Dia!”:
Em chegando ao balcão de uma loja e em recebendo o automático e supostamente simpático “Bom Dia!”, respondo acto continuo:
”Para si também! Tenha um Bom Dia!”
Por entre as chávenas, pires e pinças de bolos, ou o quer que daquele lado se venda, certo é que ficam desconcertados, fazendo uma pausa e, quase que invariavelmente, esboçando um sorriso, este de vontade e não fruto do profissionalismo do ofício.
Este quebrar da rotina, da monotonia do quotidiano, não o faço para ser engraçado ou cair em graça.
Sinto-me particularmente bem quando consigo provocar um sorriso genuíno, pela surpresa ou pela satisfação. É um acto decidido, pensado, provocado pelo egoísmo de me sentir bem quando os outros também os estão.
Por tudo isto, e para si que me lê, também: “Tenha um Bom Dia!”

Texto e imagem: by me
(Propositadamente este texto foi escrito à revelia do novo acordo ortográfico)

1 comentário:

Anónimo disse...

Em tempos, usava o barroco: Que a harmonia se passeie entre vós como a brisa da tarde por entre a folhagem.
Não aconselho dirigi-lo a desconhecidos.

Bispo