quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Rastos


A notícia refere que sete operadores de transporte rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa, vão instalar nos seus autocarros sistemas de bilhética de proximidade.
E termina com a informação de que o novo sistema trará vantagens para os operadores, já que lhes fornecerá uma série de dados estatísticos sobre os seus passageiros.

Bem, odeio dizer “Eu tinha razão!”, mas a verdade é que este sistema de bilhetes electrónicos deixa registo, junto das transportadoras, de quem viaja e quais o trajectos.
Por outras palavras, ao usar estes bilhetes, o anonimato e a privacidade das deslocações termina, sendo sempre possível, à revelia da nossa vontade ou mesmo conhecimento, reconstituir os nossos passos, de onde viemos e para onde fomos, usando para isso estes registos que, ingenuamente, vamos fornecendo.
Sendo que nada tenho a esconder, não pretendo deixar rasto como o caracol. Por isso mesmo, não uso esses “passes”, preferindo os bilhetes pré-comprados, completamente anónimos. Ainda que mais caros de utilização.
Não aceitarei sem luta este “Big Brother” que suavemente se vai instalando, recusando até ao limite o controlo dos cidadãos.

Imagem: algures na web

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