terça-feira, 15 de junho de 2010

De joelhos não!


A história começou em meados de Maio do ano passado!
Estava no Jardim da Estrela, com o meu artefacto, e sou abordado por uma senhorinha, de microfone em punho, e um cavalheiro, de câmara de Tv ao ombro. Identificaram-se como sendo de uma nova estação de televisão on-line, a “tvlisboa.net” e queriam a minha opinião sobre os jardins de Lisboa.
Claro está que acedi, disse de minha justiça e seguiram a sua vida.
O que eu não esperava era constatar, mais tarde ao ir ver a tal estação de Tv, que esta mais não era que uma página de apoio à candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa.
Não gostei nem um pouco! Não sou munícipe nesta cidade, não gosto do candidato. Recuso-me a colaborar em campanhas políticas e, acima de tudo não me tinham dito o efectivo uso das minhas declarações.
Francamente chateado, pus-me em campo e apresentei queixa, por via electrónica, junto de quatro instituições: ERC, Comissão Nacional de Eleições, Comissão para a Carteira de Jornalista e Comissão Nacional de Protecção de Dados.
Desta última recebi um e-mail, passados tempos, informando-me que a questão tinha sido analisada e que havia sido considerada crime, de acordo com a lei vigente. E mandá-la-iam seguir para o DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal).
Há um mês recebo uma notificação para comparecer, na qualidade de testemunha, na esquadra de polícia da minha zona. Lá, hoje, fiquei ciente que a minha queixa não tinha caído em saco roto e que o tribunal tinha pedido para que eu confirmasse a minha queixa, acrescentando algo mais, se fosse esse o caso. Não era.
O processo seguirá os seus trâmites, tendo eu ficado ainda a saber que a queixa-crime terá sido apresentada contra o então candidato Pedro Santana Lopes.
Goste-se ou não, mais lenta ou mais rápida, a justiça por cá ainda vai funcionando, mesmo que pedida por um pequeno contra um grande.
Até porque, esses grandes só o parecem ser porque estamos de joelhos!

Texto e imagem: by me

1 comentário:

Anónimo disse...

Como uma vez me disseram, sem ironia, também te digo, sem ironia: «És o meu herói!»

Bispo