segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Reuters


“Ainda é a agência que cobre "fogos, explosões, cheias, inundações, acidentes ferroviários, tempestades, tremores de terra, naufrágios com perdas humanas, acidentes com navios de guerra, motins graves, perturbações causadas por greves, duelos e suicídios de personalidades conhecidas e crimes com características sensacionais ou atrozes" (como Paul Julius Reuter determinou num memorando de 1883) com o mesmo tom indiferente do despacho das 13h24 do dia 25 - e chegou ao século XXI sem ter de usar a palavra terrorista.

"Todos sabemos que aqueles que para uns são terroristas para outros são combatentes por uma causa justa, por isso mantemo-nos fiéis ao princípio de não usar essa palavra, a não ser quando citamos discurso directo", explicou o editor-chefe Stephen Jules depois do 11 de Setembro. É um statement que diz tudo sobre a Reuters - e sobre o homem que a fundou e que, com a morte de Marguerite, desaparece definitivamente.”



Estas são as últimas linhas de um extenso artigo sobre a vida e a morte de Marguerite Reuter e a agência de notícias com o seu nome, e que pode ser lido na íntegra
AQUI.
Boa parte do artigo dedica-se à agência, seu nascimento e desenvolvimento, o que pode ser interessante para quem tiver curiosidade sobre os media e a sua história.
Mas bem significativos são estes dois últimos parágrafos: A tónica vermelha dos temas mais abordados ou de relevância e uma eventual ética nas terminologias, mais ditada por questões comerciais que por princípios de igualdade ou isenção noticiosa.
A agência Reuters fez escola. E hoje os alunos são mais seguidores das linhas do “mestre” que o próprio. Pelo menos nestes aspectos!



Imagem: by me
Texto: in Público.pt
Comentário: by me





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