segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O lucro


Tipografo. Poeta. Acrata.
Qualquer ordem dos factores é arbitrária. Que todos eles detêm igual importância na vida deste octogenário.
Foram mais de três horas de conversa com este “velha-guarda”. O preço foi ter perdido a oportunidade de fazer, talvez, umas duas ou três fotografias para alem das dezassete com que fui para casa.
O lucro?
Para além da sua imagem? Para além de ter sido alvo da oferta de dois dos seus livros, edição de autor, e resultado de partos difíceis, fruto das lutas com editores e impressores? Para além de ter conhecido detalhes da vida de naturista? Ou de um ardina? Para além de ter sabido um pouco mais sobre, o antes o durante e o depois da revolução de Abril? Para além de ter mergulhado, lá e depois em casa, em conceitos filosóficos que desconhecia?
Não creio que negociante ou empresário algum lucrasse tanto em tão pouco tempo!

A sua imagem? Mantenho o recato que merece, aliás, para estar de acordo com o que pensa.


Texto e imagem: by me

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