terça-feira, 22 de julho de 2008

Quase madrugada, no subúrbio

Não bastava ser Julho e a manhã acordar com um nevoeiro cerradíssimo. Havia que acrescentar a isto o, dos três cafés da rua, um estar de férias – aquele que frequento -, outro estar de folga – o meu alternativo – e sobrar aberto aquele onde vou apenas em ultimíssimo recurso. Que era o caso, que sem a dose matinal de cafeína, pouco sou.
Assim lá fui, contrafeito, a pensar num cafezinho que me fizesse gente, mas esquecendo o bolinho que o acompanha, já que os que ali constam conheço eu, a todos, pelo menos desde o natal de há uns anos, data em que para lá foram e me foram apresentados. Os bolos mesmo, entenda-se.
Pois o choque, à entrada e ainda ante da 8 da manhã, não poderia ser maior:
Para além do cheiro a óleo de fritar salgados, onde se misturava o já entranhado com o mais recente que datava da véspera, sou brindado, ainda antes de poder dizer ao que ía, com esta música que aqui ouvis. E, porque tenho respeito pela vossa sanidade mental, não a reproduzo no volume com que fui obrigado a ouvi-la. Para que tenhais uma ideia, tive que falar bem alto, ao pedir um simples café cheio.
Promessa feita ao santo da minha devoção (eu mesmo): Com ou sem nevoeiro, contra ventos e marés, prefiro andar uns bons 600 ou 700 metros em busca de satisfazer o meu vício matutino a voltar a entrar neste estabelecimento de restauração. Porque a única coisa que consegue restaurar é a minha vontade de dali fugir. A sete pés e com a esperança que, no próximo dia de nevoeiro venha o tal Sebastião e que destrua tudo aquilo à espadeirada!




Música: “Coisa”, by Quim Barreiros
Texto e imagem: by me

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