segunda-feira, 9 de junho de 2008

Uma proposta


Bem sei que se trata de algo que, em regra, não tem grande aceitação: uma leitura. A esmagadora maioria das pessoas, nos tempos que correm, prefere coisas mais com bonecos e fotografias que com muitas letras. Mais ainda, esta que vos proponho até que nem é nada fácil de ler ao ponto de eu próprio ter a obra seleccionada para uma segunda leitura a muito curto prazo, com um ou dois livros apenas pelo meio para aliviar a cabeça.
No entanto, e apesar da sua densidade e dificuldade, trata-se das melhores coisas que li nos últimos tempos na abordagem e explicação do que é arte. Depois da primeira leitura, “de fio a pavio” e quase que sofregamente, acredito que tenho feito e tenho visto fotografia de forma diferente, ainda que os resultados continuem fracos como sempre.
Na badana interior pode ler-se:
Ao formar o seu pensamento sobre arte, Pareyson declara que não propõe uma estética da contemplação, mas sim da produção, não uma estética da expressão e sim da formatividade.
Neste livro, o autor apresenta os princípios fundamentais da sua estética da formatividade, além de ampliar o campo de reflexão, abrangendo uma gama muito diversificada de problemas, tocando questões fundamentais na reflexão artística, como a relação entre a obra de arte e sociedade, obra de arte e biografia, obra de arte e realidade, etc.

O livro em causa dá pelo nome de “Os problemas da estética”, escrito por Luigi Pareyson e publicado pela editora Martins Fontes, São Paulo.
Tropecei nele por mero acaso numa livraria, que não o conhecia ou ao autor e, apesar de andar agora à voltas com Rodolf Arnheim, não consigo esquecer algumas das questões apresentadas.
Para quem quiser ir um pouco mais longe ou mais fundo naquilo que faz ou naquilo que vê!

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